A concepção freireana de esperança convida a questionar as condições sociais da esperança, através do que pode ser considerado uma de suas condições sine qua non: o imperativo de dar voz aos ‘sem voz’. Como ‘comunicar esperança’, para permitir que aqueles que não se sentem empoderados falem publicamente e co-definam um horizonte emancipatório no qual se sintam plenamente incluídos? Embora evite a crítica de pleitear uma utopia desconexa, ao retornar ao trabalho político aqui e agora, Paulo Freire não corre o risco de ver as relações sociais de dominação retornarem ao próprio seio dos sistemas dialógicos que ele clama?